16 de janeiro de 2014

De repente... 30!



Não sei o que seria de mim sem o apoio da minha família nos últimos trinta dias que antecederam os meus trinta anos....  Muitíssimo obrigada a todos, em especial a minha tia Tina, que largou tudo e se mudou para minha casa, cuidando muito bem de tudo e de todos.

Mil coisas para providenciar, a barriga pesando, o filho mais velho demandando muito, expectativas com a viagem, expectativas para a chegada da nossa caçulinha. Isso tudo sem falar na saudade e no vazio que ficou a casa sem Felipe, que tentávamos amenizar em inúmeras conversas por Skype. Assim passei pelo meu inferno astral!

A chegada de Maya, por diversos motivos, teve que ser programada. E, só para contrariar o que eu dizia a gravidez inteira - que ela poderia nascer qualquer dia menos no meu aniversário - o parto acabou sendo agendado para o dia 09/08/2013! Confesso que até hoje não tenho opinião formada sobre compartilhar a data de aniversário com a minha filha, mas esse foi certamente o melhor presente que eu poderia ter ganho!

Sempre brinquei dizendo que aos 30 anos encerrava a produção de filhos... Mas nunca imaginei que seria assim cravado, exatamente no dia dos meus 30 anos! (Eu não penso em ter mais que dois filhos... É um para cada mão!)

Felipe pôde voltar ao Brasil para assistir o nascimento de Maya, foi uma semana bem intensa física e emocionalmente!!!

Os dias que se seguiram passaram muito rápido para mim, era uma rotina incessante de cuidados, amamentação, troca de fraldas, banho, colocar para dormir, tudo isso em dose dupla (fora a amamentação, claro). Eu não sou de ficar quieta, assim,como na primeira gestação, não tive resguardo...

Em meados de setembro Felipe ainda precisou voltar ao Brasil mais uma para resolver questões relativas aos nossos vistos de residentes na República Dominicana, e assim que ele se foi programamos mudança e viagem... No começo de outubro a minha mudança foi empacotada e eu me mudei para a casa de minha avó materna, que me recebeu de braços abertos com todo amor e conforto possível no que ela chama de "hotel sem estrelas" e onde passei os últimos e saudosos dias na terrinha.

Para REcomeçar... Contextualizando!

Para REcomeçar esse blog, alguns esclarecimentos.

Sem regras e sem obrigações quero poder transmitir a quem possa interessar o que se passa comigo e é só isso...

Vamos que vamos!!!




Antes de chegar ao ponto em que me encontro gostaria de fazer um resumo da minha vida / minhas idéias até aqui, tentarei ser breve...

Desde pequenina sempre fui muito decidida, sempre soube o que eu queria fazer... certa vez, aos 7 ou 8 anos de idade contei os meus planos de vida para uma vizinha, amiga muito querida, da seguinte maneira:

"Tia, eu entrei na escola adiantada então com 17 anos vou fazer vestibular para ser arquiteta, o curso de arquitetura dura 5 anos, assim aos 22 eu já estarei formada! Depois disso eu caso, tia, e com 28 eu tenho o primeiro filho, vou querer ter dois filhos, com trinta eu tenho o segundo, que é para ficar com dois anos de diferença e criar junto, como eu e minha irmã!"

Ela ficou surpresa ao ver uma menina tão pequena fazendo planos para vida adulta, e chegou a pensar ser conversa (lúdica) de criança... Anos depois, aos 28, quando tive o meu primeiro filho (Cauê) ela relembrava essa conversa se dizendo impressionada com a minha determinação, como desde tão cedo eu já tinha os meus planos de vida a longo prazo traçados... Pois foi exatamente assim, como eu a havia dito, que aconteceu!!!

Esse meu plano de vida, com metas e prazos estipulados me acompanha desde cedo, e com o tempo fui realizando tudo o que eu desejava! Só que o meu plano sempre foi feito até o nascimento do segundo filho, que deveria ser aos trinta... e daí em diante eu simplesmente não tentei / consegui / desenvolvi / planejei mais nada para a sequência da vida!

Em dezembro do ano passado descobri que estava grávida novamente... E o nascimento seria justamente em agosto desse ano, quando no dia 09/08 eu completaria 30 anos!!! Desde então fui passando por várias crises pessoais, particulares e diria até imperceptíveis para aqueles que não me conhecem bem... O cenário não apresentava muita expectativa... O trabalho tomava doze horas do meu dia (8h de trabalho + 2h de almoço + 2h de trânsito) e meu filhote de quase dois anos começava a apresentar sinais de carência de mãe, que eu não sabia se poderia suprir por conta da necessidade de trabalhar... Sempre pensava "Ai meu Deus, como será com duas crianças? Será que dou conta física, psicológica e financeiramente?" Meu marido, Felipe, também não estava muito satisfeito com o seu trabalho, sabíamos que se quiséssemos seguir adiante com as condições que desejávamos para a nossa família teríamos que dar uma guinada e mudar o rumo! Só não sabíamos como!

As minhas inquietações aliadas à forte vontade de mudança já não cabiam mais em mim e em meus sete meses de gestação quando meu marido recebeu uma proposta daquelas que é pegar ou largar... E nós a pegamos com toda força, vontade e motivação possível! E foi tudo muito rápido!!! Em 3 semanas ele estava embarcando para começar o seu trabalho novo em Santo Domingo, na República Dominicana. E eu, que estava planejando decorar o quarto da nossa filha, de repente estava fazendo planos de como seria a mudança de pais!

Foram três semanas de um turbilhão de emoções... A festinha de dois anos de Cauê virou uma feijoada de despedida de Felipe, e faltando menos de um mês para completar 30 anos, me vi em casa só, com um filho pequeno e um barrigão de oito meses!

Com tudo isso entendi porque meus planos de vida não ultrapassavam os 30! Pois nada do que fosse planejado aconteceria... A virada tão desejada já estava prevista e Deus, enquanto a energia que move o universo, já estava confluindo para que a nossa vontade de mudança acontecesse!